TEMA 04 - Caiu, caiu a grande Babilônia - 2ª Mensagem de Apocalipse 14 -...


A SEGUNDA MENSAGEM ANGELICAL - "Caiu, caiu a grande Babilônia"

O segundo anjo entra em cena, anunciando a eminência da queda da Babilônia no tempo do fim. Sua mensagem muda de um chamado para a verdadeira adoração, que foi feita pelo primeiro anjo, para desmascarar o sistema que falsificou a verdade, chamado de Babilônia.
a- A expressão “caiu, caiu” é um anúncio do que ocorrerá no futuro. A futura queda de Babilônia é anunciada como se já estivesse em processo, enfatizando a certeza profética de sua queda e ruína. Assim como a Babilônia do passado ruiu sob o peso da intervenção divina, a babilônia do futuro também ruirá sob o peso da sentença da intervenção divina. A expressão “caiu, caiu” é exatamente a mesma expressão usada pelo profeta Isaías (Is 21:9). Jeremias também escreveu sobre a ruína da Babilônia antiga (Jr 51:8). Portanto, de maneira semelhante, o segundo anjo anuncia o colapso da Babilônia do tempo do fim, ou seja, do sistema religioso apóstata mundial, bem como toda a confederação de organizações religiosas apoiada pelos poderes políticos da Terra (Ap 13:12-17). Esse poder religioso, responsável por oprimir o povo de Deus, chegará a seu fim. Apocalipse 18 narra o seu colapso total e final, o que veremos mais a frente.

b- A grande babilônia – Para entender o termo babilônia no livro do Apocalipse, é necessário compreender o termo no Antigo Testamento. No Antigo Testamento, Babilônia é um poder político-religioso que se opõe a Deus e oprime Seu povo. Desde o princípio, consiste na encarnação de um poder ímpio em oposição ao Deus verdadeiro. Isso é notório na finalidade da construção da torre de babel e é notório na ações do império babilônico contra o povo de Deus. Babilônia invadiu Jerusalém e levou cativo o povo de Deus. Na Babilônia, em cativeiro, houve a tentativa de forçar muitos dentre o povo de Deus a se curvar diante do paganismo babilônico. A mensagem do segundo anjo declara que no fim dos tempos, esse poder daria a “beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição”. É exatamente essa a expressão usada pelo profeta Jeremias (Jr 51:7; 25:15). De maneira semelhante, João retrata a Babilônia do tempo do fim como uma meretriz que seduz as nações à imoralidade, embriagando-as com o vinho de sua prostituição (Ap 17:1, 2; 18:3). Sob a influência desse poder religioso, as nações são ou serão seduzidas com o derradeiro propósito de combater tudo o que represente a verdade de Deus na terra. O vinho da sua prostituição são as suas heresias culturais e ideológicas que ferem diretamente a cultura e os valores celestiais apresentados na Palavra de Deus. Porém, como é descrito em Jó 21:20, os que beberem do vinho da sua prostituição terão que beber da ira de Deus.

Conclusão: Ao mesmo tempo que a mensagem do segundo anjo consiste em uma advertência aos ímpios, ela fornece uma sólida garantia para o povo de Deus. A sentença determinada contra a Babilônia é a garantia para os que amam a verdade e a justiça. A sentença contra Babilônia é Deus afirmando que o mal não prosperará por muito tempo e que o reino de Deus se estabelecerá de forma definitiva. Você crê nisso? Então viva por isso. Pr. Gilberto Theiss
Parte das explanações aqui inseridas foram extraídas de Ranko Stefanovic

TEMA 02 - 144 mil, literal ou simbólico - Série o grande conflito.


Os 144 mil, literal ou simbólico?

Os 144 mil de Apocalipse 7 constituem o povo de Deus do tempo do fim que serão selados na fronte como símbolo de propriedade exclusiva de Deus, aqueles que estiverem vivos por ocasião da segunda vinda de Cristo. Os 144 mil e a grande multidão são o mesmo grupo de pessoas, portanto, o número é simbólico e não literal. Observe algumas evidências:

 1-      João ouviu o número de que era 144 mil, mas quando observou, percebeu que era um número incalculável, uma grande multidão. O mesmo ocorre, por exemplo, em Apocalipse 5:5, João ouve falar que Jesus é o Leão, mas no verso 6, quando se vira para olhar, vê um cordeiro. Jesus, o Leão, é, o Cordeiro. O mesmo ocorre quanto ao número. Em Apocalipse 7:4, João ouve o número dos selados como sendo 144 mil, mas o que ele vê no capítulo 7:9 é uma grande multidão. Os 144 mil e a grande multidão compõem o mesmo grupo visto de perspectivas diferentes.

2-      A resposta à pergunta: Quem é que pode suster-se? (6:17) é dada em todo o sétimo capítulo. Tanto os 144 mil como a grande multidão são capazes de suster-se.

3-      Os 144 mil, bem como a grande multidão, tem que passar por tempos difíceis. Os 144 mil são selados antes de soprarem os ventos e a grande multidão vem da grande tribulação. Então, ambos passam por momentos duros e hostis.

4-      Os 144 mil são a igreja de Deus no tempo do fim na terra, enquanto a grande multidão é a igreja do tempo do fim no Céu.

5-      O número 144 mil é formado por 12x12x1000, 12 geralmente é identificado como o número perfeito ou ideal de governo, e é o número das tribos e dos apóstolos do Cordeiro (Ap 21:12, 14). O número 1000, segundo o livro de Números 31:4-6 pode ser entendido como uma unidade militar no antigo Israel. Portanto, os 144 mil representam a igreja militante em guerra no tem po do fim. A grande multidão é a mesma igreja do tempo do fim depois da grande tribulação. As informações sobre a grande multidão apenas complementam as dos 144 mil.

6-      Segundo Apocalipse 7:3, os 144 mil são servos do nosso Deus. Em Apocalipse 7:15 a grande multidão serve a Deus.

7-      As tribos de Israel de Apocalipse 7 não são naturais. De acordo com Daniel 8 e 9, o Israel natural (ICo 10:18; Rm 9:8), deixou de ser povo de Deus a partir do ano 34 de nossa era. Israel significa “o vencedor”, atributo que pode ser atribuído a qualquer pessoa que decide viver para Cristo (Ap 2:7). É neste conceito que Paulo afirma que “Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente. Paulo está afirmando que há dois tipos de israelitas, os carnais e os espirituais. Neste caso Paulo está afirmando que os Israelitas espirituais são os que são pela fé filhos de Abraão. “E se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa (Gl 3:7 e 29).

8-       As 12 tribos de Israel não são as mesmas descritas em Apocalipse 7. Dâ e Efraim ficam de fora da lista de Apocalipse, enquanto José e Levi foram incluídas. Dã significa juízo e representa aqueles que vivem criticando os outros, julgando seus erros, muitas vezes caluniando-os e levando-os à queda (Gn 49:16 e 17 “Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel. Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os talões do cavalo e faz cair o seu cavaleiro por detrás”. “Ellen White confirma esse fato ao dizer o seguinte: “O homem verdadeiramente convertido não se inclina a pensar nas faltas dos outros. Só entrarão no céu aqueles que venceram a tentação de pensar e falar mal” (Review and Herald, 24/11/1904). Efraim significa fecundidade dupla e representa aqueles que estão unidos à igreja e ao mundo ao mesmo tempo e isto resultará em ruína eterna para eles (Os 13:12 “As iniquidades de Efraim estão atadas juntas, o seu pecado está armazenado; 4:17 “Efraim está entregue aos ídolos; 7:8 “Efraim se mistura com os povos e é um pão que não foi virado”; 12:14 “Efraim mui amargamente provocou à ira; portanto, o Senhor deixará ficar sobre ele o seu opróbrio”). Ellen White descreve um grupo assim que ficará de fora do grupo escolhido: “Unindo-se ao mundo e participando de seu espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil, popular”. Portanto, as tribos traduzem um simbolismo especial de uma experiência peculiar. Cada nome dos filhos de Jacó e cada tribo de Israel teve sua experiência própria que representará a experiência dos filhos de Deus nos últimos dias que se traduz, ao final, como recebedores do caráter de Deus através dos méritos de Cristo, a final, eles são vistos trajados com a justiça de Cristo (Ap 3:5; 19:7-9; Jo 12:12, 13).

Este grupo simboliza um povo que, mesmo em meio às provas, manter-se-á fiel a Deus. Eles iluminarão o mundo com a glória de Cristo impressa em suas vidas (Ap 18:1) – um caráter moldado pelo amor, pela obediência e pela dependência em Deus. Eles são descritos como aqueles que "não se contaminaram com mulheres" (Ap 14:4), ou seja, buscaram uma vida pura em propósito e convicção de fé, além de se oporem à corrupção do mundo secular e religioso.

Sua pureza não virá de seus próprios méritos, mas de sua aliança com Cristo, recebendo Dele sua justiça (Rm 3:22-28). Eles foram redimidos, lavados no sangue do Cordeiro, e suas vidas refletem a vitória de Cristo conquistada para cada um de nós (1Co 15:57).

Independentemente de fazermos parte ou não dos 144 mil, é importante que busquemos as virtudes que tornam esse grupo especial. Deus nos convida hoje para sermos leais, fieis à Sua aliança. Fortaleça todos os dias o seu compromisso de filho de Deus. Decida hoje refletir a Sua glória em sua vida. Ter as virtudes dos 144 mil na vida é sempre dizer com autenticidade “Não vivo eu, mas Cristo vive em mim”.

Pr. Gilberto Theiss

TEMA 01 - A pequena angústia - SÉRIE: O GRANDE CONFLITO


A pequena angústia: Um chamado à perseverança

Vivemos tempos marcados pela crescente pressão espiritual, moral e social. Para aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus, o coração já começa a sentir a proximidade de eventos proféticos, como uma sombra que se alonga sobre o horizonte. A lei dominical, um marco significativo na linha profética de Apocalipse 13, anuncia-se como um teste decisivo para os fiéis. Antes dela, porém, experimentaremos uma pequena angústia, um momento de inquietação que serve como uma espécie de campo de treinamento.

Uma pequena angústia não será apenas sobre pressões externas, mas sobre uma luta para manter nossa confiança em Deus enquanto o mundo ao redor se sucumbi nas piores práticas irracionais. Será um tempo para revisitar promessas como a de Isaías 41:10: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”

Embora o período de angústia possa trazer grande desconforto, ele também desempenha um papel crucial em nosso desenvolvimento. É na angústia que somos desafiados a olhar para além de nossas próprias forças e depender totalmente de Deus. Esses momentos difíceis, longe de serem apenas fardos, tornam-se oportunidades para experimentar o cuidado divino para fortalecer nossa fé, preparando-nos para desafios ainda maiores.

Assim como o corpo humano se fortalece ao ser testado por exercícios físicos, nossa fé se fortalece quando enfrentamos provas. Cada momento de angústia nos ensina lições preciosas: a confiar mais profundamente em Deus, a compreender Sua presença em meio às tempestades e a perceber que, mesmo nas horas mais sombrias, Ele está ao nosso lado, sustentando-nos.

Portanto, ao enfrentarmos o período de pequena angústia, podemos enxergá-lo como ensaio para a nossa fidelidade de amanhã. É no presente que se faz necessário momentos em que nossa fé é treinada e refinada como ouro no fogo, preparando-nos a suportar qualquer angústia maior que possa vir no futuro.

Pr. Gilberto Theiss - Blog Fé ou Fideísmo

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Submissão feminina

"O teu desejo será para o teu marido e ele te governará", é o texto clássico de Gênesis 3:16 usado por alguns para defender a inferioridade da mulher para com o marido. No entanto, o texto mosaico não está determinando tal submissão feminina, mas as consequências que o pecado causaria na relação homem e mulher.

Importante observar que o homem de Deus não é o homem de Gênesis 3:16. O homem de Deus é o homem de Efésios 5:25 que recebe do Senhor Jesus a ordem para amar a "mulher assim como Cristo amou a igreja". Infelizmente, muitos homens são usados por Satanás para hostilizar as mulheres, porém Deus deseja usar os homens para honrar, proteger e amar as mulheres.

Santo x profano na igreja cristã

As últimas décadas foram marcadas por grandes mudanças que afetaram, em especial, o próprio conceito de moralidade. Em virtude disso, tem sido inevitável a desconstrução de valores que salvaguardavam a família, a educação, a cultura e a própria igreja cristã.

 Desde a entrada violenta do relativismo na cultura e no cristianismo, a moralidade tem se ressignificado como algo ruim ou inimiga do espírito da lei. Alguns cristãos pós-modernos ou progressistas têm até inferido que a ideia que se tem de moral foi, na verdade, uma mera construção de uma religião opressiva regida mais por um padrão de cultura branca e hetero do que por valores religiosos universais.

Cristãos pós-modernos x Verdades absolutas

 “Cristãos” pós-modernos têm levantado opiniões diferentes da teologia bíblica e que parecem atender mais a expectativas culturais e ideológicas. “Cristãos” que se afinam com o progressismo ideológico, que interpretam trechos da Escritura sob a ótica de quem lê e não conforme a ótica de quem escreveu. Denominam-se inclusivos, escondem-se por trás de redes sociais e buscam influenciar, especialmente, a juventude cristã. São líderes, artistas e influenciadores que usam de sua posição e influência sobre as massas para impactar o grupo com ideias que desafiam princípios e, em alguns casos, as crenças fundamentais.

CONFIAR OU NÃO CONFIAR NA IGREJA?

CONFIAR OU NÃO CONFIAR NA IGREJA?
Uma radiografia da dissidência contemporânea. Leia com atenção a nota abaixo e permita que ela fale ao seu coração e à sua consciência:

"O Redentor do mundo conferiu grande poder a Sua igreja. [...]. A Palavra de Deus não dá licença a que um homem ponha seu juízo em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia manter-se unida como um corpo. Sempre tem havido indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos, e que Deus os havia ensinado, impressionado e guiado especialmente. Cada um tem uma teoria sua particular, ideias

O diálogo de Deus com a terra?

Quando pensamos que já ouvimos de tudo sobre heresias, então, vem a mirabolante surpresa – Deus batendo altos papos com a terra. Segundo essa premissa, o discurso “façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1:27), não foi um diálogo entre os membros da divindade, mas Deus falando exclusivamente com a terra. Independentemente de qual tenha sido a intenção em explorar tal heresia, isso pode deixar, à mercê das mentes criativas, caminhos variados para todo tipo de dissimulação teológica e relativização hermenêutica. Basta criar um precedente e os heréticos mais heréticos se encarregam do resto.

O materialismo cristão

 O materialismo influencia a cultura cristã a espiritualizar as necessidades terrenas. Devido a esse problema, muitos acreditam que a falta de riquezas ou, pelo menos, um mínimo de prosperidade, seriam uma espécie de maldição ou ausência de bênçãos.

Me lembro de um evangélico vivenciando uma crise depressiva provocada pelo simples fato de seu vizinho ter um veículo melhor que o seu. Segundo ele, o cristão deve ser cabeça e não cauda. Vale lembrar que esse era o ensinamento do líder espiritual de sua comunidade. Enganos assim têm levado muitos crentes a criarem expectativas equivocadas a respeito das promessas de Deus.